A Vida de Outra Mulher (França/2012): Juliette Binoche em um Delicioso Romance

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Olá Pessoal,

A Vida de Outra Mulher (nome original: La vie d’une autre) é uma produção francesa com um roteiro americano: a mocinha perde a memória.  A história de Marie (Juliette) se parece muito com alguns filmes de Hollywood – Como se fosse a primeira vez, Para sempre, Diário de uma paixão, entre outros. Mas a produção francesa dá um “q” mais interessante na batida história.

Há aquela velha crítica – por vezes superficial – da pessoa que vende seus sonhos ao sistema e, quando olha para trás, percebe que se tornou outra, alguém má, que pouco tem a ver com seus antigos planos para o futuro.  Mesmo com uma mensagem clichê, a construção do roteiro torna o filme  interessante , pois realmente conseguimos ver de forma muito bem humorada a diferença da jovem para a atual Marie (Juliette).

O filme é gostoso de assistir e nos faz refletir sobre o andamento de nossas próprias vidas. A carisma, atuação e beleza de Juliette Binoche fazem com que o título seja um agradável programa.

Vale uma pipoca? Sim, média com manteiga.

Bom filme.

Beijos

Obs: Sinopse e trailer após as fotos.

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Sinopse

No dia em que completa 25 anos, Marie encontra a chance de ter um bom emprego e o grande amor de sua vida. Porém, no dia em que faz 41 anos, acorda desmemoriada e esquecida do que aconteceu nos últimos 15 anos. Agora, enquanto tenta recobrar a memória, tenta reconquistar seu marido, de quem está se divorciando.

Depois do Casamento (Dinamarca, Suécia / 2006): Com o Ator de “A Caça” e a Diretora do Premiado “Em um Mundo Melhor”

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Olá Pessoal!

Com a diretora do filme “Em um Mundo Melhor”, Susanne Bier e com o ator de “A Caça” Mads Mikkelsen juntos, Efter brylluppet (em português Depois do Casamento) estava traçado ao sucesso. Em 2006 foi indicado para o Oscar de melhor filme estrangeiro, tendo perdido para o filme alemão “A Vida dos Outros” (que também é magnífico, diga-se de passagem).

Depois do Casamento é um surpreendente drama com diversas reviravoltas e uma belíssima história onde o protagonista Jacob Petersen descobre alguns segredos de seu passado e precisa decidir o rumo de sua vida em alguns dias.

Ao decorrer do longo, extraímos diversas mensagens e insights que nos fazem refletir sobre nossas próprias escolhas, renúncias, encontros e desencontros – é o famoso questionamento: “E se eu tivesse feito diferente? ”Até onde é obra do destino ou do acaso? O drama é forte, a trama convence e o roteiro é extremamente criativo.

Vale 1 milhão de pipocas!

Um beijo,

Júlia

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Sinopse:

Jacob Petersen (Mads Mikkelsen) luta para manter em funcionamento um orfanato, localizado numa das regiões mais pobres da Índia. A instituição corre o risco de fechar, até que Jacob é chamado de volta à Dinamarca para falar com um rico empresário, que deseja fazer uma doação para o local. Enquanto isso, em Copenhagen, Jorgen (Rolf Lassgard) vive uma vida feliz com sua esposa e filhos. Rolf é um perspicaz homem de negócios e um pai devotado, mas que às vezes comete indelicadezas quando o assunto envolve questões de família. Isto acontece quando Jorgen falta ao encontro que havia marcado com Jacob, para poder discutir detalhes do casamento de sua filha. Jacob, pressionado pela situação financeira do orfanato, quer resolver a questão da doação o quanto antes, mas Jorgen prefere deixar tudo para depois do casamento.

https://www.youtube.com/watch?v=gZzxmZuOvKI

Força Policial (Alemanha , EUA/2009): Eleito um dos Melhores Filmes do Gênero Policial pelo Blog “Vale Uma Pipoca?”

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Olá Pessoal,

A tradução do nome do filme é ingrato: Força Policial.  Aparenta ser mais um filme americano, sem enredo, onde existe o bem, o mal e dá-lhe chumbo grosso a esmo. Mas não é nada disso! O nome original do título é Pride and Glory, o roteiro é sensacional e a violência não é gratuita, muito pelo contrário, é necessária para descrever a corrupção policial de forma crível.

A atuação de Edward Norton é boa, mas quem convence mesmo como policial corrupto é Colin Farrell, que chega a nos confundir e nos revoltar, pois é um excelente pai de família ao mesmo tempo em que é um péssimo policial.  A cena com um bebê, acredito ser a mais marcante e mostra muito bem suas duas facetas.

O filme conta a história de uma tradicional família de tiras, onde alguns são corretos, alguns fingem não ver e outros são assassinos e estelionatários declarados. Assim surge o dilema da escolha dos éticos profissionais: o exercício digno da profissão ou a preservação de sua família?

Descrevo “Força Policial” como um excelente título que mescla ação, drama e suspense. Essa fórmula deu certo neste caso (o que não é fácil) e vale muitas pipocas com bastante manteiga!!!

Um beijo!

Bom filme.

Júlia

Para mais detalhes, sinopse e trailer ao final das fotos.

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Sinopse e Trailer

Uma armadilha faz com que quatro policiais de Nova York sejam assassinados, o que põe em alerta todo o departamento. Francis Tierney (Jon Voight), o chefe dos detetives, pede a um de seus filhos, Ray (Edward Norton), que lidere a investigação sobre o caso. Inicialmente relutante, Ray assume a função tendo em mente que os policiais mortos já trabalharam para seu irmão, Francis Tierney Jr. (Noah Emmerich), e também com seu cunhado, Jimmy Egan (Colin Farrell). De início o caso aparenta ser uma desastrosa tentativa de desmembrar uma quadrilha de drogas, mas aos poucos Ray descobre que alguém denunciou os policiais aos traficantes.

https://www.youtube.com/watch?v=UHjPAPpW9X0

Augustine (França/2013): A Vida de Charcot e a Medicina Psiquiátrica do Século XIX

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Olá Pessoal,

Bom dia.

O Filme Augustine, ainda nos cinemas, relata um pedaço da vida do famoso psiquiatra Charcot e seu interesse em particular por uma paciente. Acredito que o mais interessante neste título não seja apenas a curiosa vida do brilhante médico, mas também os peculiares métodos de observação da medicina durante o século XIX.

Curiosidade:

Jean-Martin Charcot foi um médico e cientista francês, alcançou fama no terreno da psiquiatria na segunda metade do século XIX. Foi um dos maiores clínicos e professores de medicina da França e fundador da moderna neurologia. Charcot é tão famoso quanto seus alunos:  Sigmund Freud, Joseph Babinski, Pierre Janet, Albert Londe e Alfred Binet. A Síndrome de Tourette, por exemplo, foi batizada por Charcot em homenagem a um de seus alunos, Georges Gilles de la Tourette, assim com o Mal de Parkinson foi nomeado por este médico como homenagem a James Parkinson.

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Sinopse e detalhes

Inverno de 1885, Paris. O professor Jean-Martin Charcot (Vincent Lindon), do Hospital Pitié-Salpêtriere, está estudando uma doença misteriosa, a histeria, que atinge apenas as mulheres. Devido a pouca informação sobre a doença e suas características peculiares, os ataques de histeria por vezes são confundidos com possessões demoníacas, o que faz com que Charcot tenha que provar a seriedade de sua pesquisa. Um dia, chega ao hospital a jovem Augustine (Soko), de apenas 19 anos, que teve um ataque durante o trabalho. Logo ela se torna objeto de estudo de Charcot, que passa a dedicar um bom tempo à garota. Augustine acredita que Charcot possa curá-la e, aos poucos, desenvolve uma relação especial com o médico.

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A relação médico-paciente é outro aspecto que podemos observar no decorrer do filme: o sentimento de inferioridade e superioridade, o pouco contato e troca de informações entre ambas as partes, a satisfação e glamour da classe médica a cada novo caso descoberto e muitos outros aspectos que tornam a medicina antiga tão fascinante e explica (no âmbito comportamental)  a moderna.

O longa  tem um enredo interessante, no qual Augustine passa a ser um objeto de desejo e não mais de estudo. Mas, não espere por uma fotografia moderna, uma história dinâmica e imagens claras. Tudo em Augustine é bem obscuro, frio, distante, mas com um roteiro extremamente curioso onde a histeria feminina, possessões demoníacas e crises epilépticas eram os grandes mistérios da época.

Vale uma pipoca? Média com manteiga!

Um beijo e bom filme!

Júlia

Entre Segredos e Mentiras (EUA/2010): Inspirado no Caso de Desaparecimento Mais Famoso de Nova York

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Olá!

Dirigido por Andrew Jarecki,  All Good Things (título original) conta uma história de amor e mistério situada no final dos anos 1970. Baseado em fatos verídicos, o filme foi inspirado na história real de Robert Durst, acusado de homicídio, e filmado entre abril e julho de 2008 em Connecticut e Nova York.

É intrigante o fato de ter tido uma baixa arrecadação nos cinemas, sendo mais bem sucedido como vídeo, porque é um filmaço! Ryan Gosling e Kirsten Dunst estão em sintonia e mantém o ritmo do longa em harmonia, iniciando com um belíssimo romance e finalizando em um tenso suspense.

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Sinopse:

1971. David Marks (Ryan Gosling) é filho de um influente empresário, Sanford Marks (Frank Langella), mas nada quer com as empresas da família. Ele conhece e posteriormente se casa com Katie Mars (Kirsten Dunst), com quem abre uma loja de produtos orgânicos em uma cidade no interior dos Estados Unidos. O problema é que David não se sustenta e ainda depende da mesada da família. Um dia, ao receber a visita do pai, David recebe uma nova proposta para trabalhar em Nova York. Desta vez acompanhada com uma ameaça velada, de que Katie pode abandoná-lo caso mantenha o atual nível de vida. Temendo perdê-la, ele aceita o emprego e ambos se mudam mais uma vez. É o início dos problemas de relacionamento entre David e Katie, já que ele passa a querer agradá-la de todas as formas, mesmo que isto o torne infeliz.

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Por ser impossível saber o que realmente aconteceu, nós não tentamos replicar a história, mas capturar as emoções e a complexidade de um mistério não resolvido”, frase dita pelo diretor Andrew Jarecki  e que realmente conseguiu focar no lado mais humano do caso de desaparecimento do que os fatos em si.

Entre Segredos e Mentiras é o típico título que você consegue assistir milhares de vezes e extrair mensagens distintas a cada sessão. É um filme que apresenta os mais bem guardados sentimentos do ser humano, e através das excelentes atuações conseguimos nos identificar com a loucura, a falsa e a verdadeira felicidade, a solidão, o amor, a raiva, etc, etc, etc, sentido pelos personagens. Tudo isso dentro de um excelente suspense. Precisa dizer mais? Pipoca grande!!!!!!

Bom filme!

Bjs,

Júlia

Caso 39 (EUA/Canadá -2010): Um Ótimo Terror Estrelado por Renée Zellweger

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Olá Pessoal!

Caso 39 é o típico filme que adoro comentar, pois acredito que muitos não conhecem e é um brilhante terror/suspense com ótimos atores e com uma história bem construída e executada pelo diretor Christian Alvart.

Renée Zellweger e Bradley Cooper estão bem convincentes no papel de assistente social e psicólogo respectivamente, mas quem brilha mesmo é a atriz mirim Jodelle Ferland que está fantástica em seu papel de menina atormentada e convida o telespectador a fazer parte desse misterioso suspense.

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Sinopse:

Emily Jenkins (Renée Zellweger) é uma dedicada assistente social que está diante do caso 39, referente à garota Lilith Sullivan (Jodelle Ferland). Os pais de Lilith tentam feri-la, o que faz com que Emily intervenha. Encantada com a garota, Emily oferece que more com ela até que seja encontrada uma família adotiva. Só que há um mistério por trás da garota, já que todos que se aproximam dela aparentam enlouquecer.

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O longa é o típico suspense hollywoodiano, mas com um”q” a mais. O roteiro é original e não um “suspense-cópia” de outros milhares, e faz com que realmente nos surpreendemos com o desenrolar do mistério. Venhamos e convenhamos: hoje em dia ver um suspense sem finais previsíveis é uma benção!

Considero Caso 39 um ótimo terror que fará com que não desgrude os olhos da tela do começo ao fim. Para os amantes do gênero terror, indico incluir esse título em suas listas.  E já aviso: preparem-se para os sustos e momentos de tensão.

Para quem tiver mais interesse, o filme possui um site próprio que está até hoje no ar: http://www.case39movie.com/intl/br/

Vale uma pipoca? Sim, grande.

Um beijo,

Júlia

https://www.youtube.com/watch?v=sOpximTY-3Q

O Operário (Espanha/2004): Um Inteligente Suspense com a Impressionante Atuação de Christian Bale

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Olá Pessoal. Boa noite!

Foi uma agradável surpresa assistir The Machinist (título original), principalmente porque não foi um longa que obteve uma grande repercussão na mídia. Não esperava por atuações brilhantes e um roteiro intrigante e inteligente.

Dirigido por Brad Anderson e com a participação belíssima de Christian Bale, O Operário é um suspense/drama que intriga o telespectador até o final.  O filme aborda a loucura, a sanidade de formas tão entranhadas que realmente ficamos em dúvida se o protagonista está ou não de fato louco.  Até onde termina a realidade e começa o imaginário? Não saberemos. Essa será uma das questões que com certeza fará com que queira (e muito) assistir até o final da trama.

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Sinopse

A última vez em que Trevor Reznik (Christian Bale) dormiu foi há um ano, sendo que desde então o cansaço vem destruindo progressivamente sua saúde física e mental. Ele trabalha numa fábrica operando maquinário pesado, e faz de tudo para manter seu emprego. Envergonhado por causa de seu problema, Trevor isola-se cada vez mais, tornando-se paranóico. Depois de se envolver em um acidente no trabalho em que um homem perde um braço, Trevor começa a crer que seus colegas estão conspirando para demiti-lo. Ele precisará lutar não apenas para se manter no cargo, mas também para manter a sanidade.

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Se você achou Christian Bale magro em O Vencedor, prepare-se para vê-lo neste filme. O ator perdeu 28 quilos através de uma rigorosa dieta baseada apenas em uma lata de atum e uma maçã por dia. Sua magreza é chocante, preparem-se para cenas fortes.

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O suspense é intrigante ao abordar o sentimento “culpa” de forma tão poderosa ao ponto de deteriorarmos nossa saúde psíquica e física em função do seu peso. O filme mostra brilhantemente como as sombras do passado e sentimentos de arrependimento são o grande inimigo de muita mente humana.  E o caminho do “auto-perdão” nem sempre é fácil.

Vale uma pipoca? Grande com manteiga e queijo parmesão ralado.

Um beijo e bom filme!

Júlia

Virada no Jogo (EUA/2012): Um dos Melhores Trabalhos de Julianne Moore

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Olá Pessoal,

Virada no Jogo (Game Change – título original) foi produzido para ser passado diretamente na televisão norte-americana, não sendo exibido nos cinemas. Uma enorme pena, porque o filme é sensacional e com certeza superou todas minhas expectativas.

Para quem acompanhou em 2008 a briga eleitoral á presidência dos Estados Unidos saberá muito bem quem foi Sarah Palin e a repercussão dos seus polêmicos discursos. Confesso que, na época, soube dela através do programa americano Saturday Night Live, que conseguiu satirizar seus gafes políticos e trejeitos de forma tão cômica, que o número de views no youtube deu saltos históricos.

Sarah Louise Palin foi candidata do Partido Republicano a vice presidente na eleição presidencial de 2008, ela foi a primeira mulher do Alasca a ser candidata de um grande partido a vice presidência e primeira mulher republicana a ser nomeada para a vice presidência. Até aí, tudo bem, certo? Errado!

Produzido por Tom Hanks,  Virada no Jogo é uma biografia na qual mostra a equivocada decisão da equipe de John McCain ao escolher Sarah Palin. Imagina uma candidata a vice presidência da nação mais poderosa do planeta não sabendo que a Coréia do Norte e do Sul são países distintos? Ou que o Iraque e Afeganistão estavam em diferentes guerras? Ou que Al Qaeda foi responsável pelo atentado de 11 de setembro e não Saddam Hussein? Bom, isso é apenas um aperitivo para vocês entenderem o tamanho do absurdo nos bastidores eleitoral.

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Sinopse:

Durante a campanha presidencial nos Estados Unidos em 2008, o candidato do partido republicano John McCain (Ed Harris) se viu em apuros ao ter que vencer o favorito Barack Obama. Sem muitas cartas na manga, ele é convencido por seus conselheiros a chamar uma mulher para o posto de vice-presidente. Tentando mudar o jogo a seu favor, McCain convoca a polêmica governadora do Alasca Sarah Palin (Julianne Moore) para a função.

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Julianne Moore está idêntica a ex-governadora do Alasca. A veracidade de sua interpretação aliada com sua semelhança física faz com que realmente nem lembremos a existência da atriz, apenas seu personagem aparece no longa. Sua transformação foi digna de Oscar e não apenas do Globo de Ouro.

O roteiro não é “chato–político”, muito pelo contrário, nos faz entender como funciona o jogo eleitoral americano de forma interessante, leve e cômica. O drama ilustra o sofrimento de uma mãe que tenta auxiliar sua vida pessoal e profissional de forma tocante e através de um ácido e duro humor o longa não perdoa todas as peculiaridades da personalidade de Sarah Louise Palin.

Vale uma pipoca? Enorme, com sal e manteiga.

Um bj,

Júlia

Terapia de Risco (EUA/2013): Um Suspense sobre Neuroses

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Olá pessoal,

Boa tarde.

Antes de falarmos do filme Terapia de Risco, gostaria de explorar um pouco mais a trajetória profissional do diretor Steven Soderbergh, responsável pelo longa em questão:

Spderbergh tornou-se o terceiro diretor a ser indicado ao Oscar de melhor diretor por dois filmes, Traffic e Erin Brockovich. Foi também o vencedor mais novo da Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1989, por seu trabalho no filme de estréia na carreira, Sexo, Mentiras e Videotape.Entrou no mundo da direção quando filmou um espetáculo do grupo de rock Yes, o que lhe rendeu uma indicação ao Grammy.

Jude Law e Catherine Zeta-Jones estão muito bem na trama, mas quem brilha mesmo é a protagonista Rooney Mara, com seus enormes olhos esverdeados.

Além de contar com um elenco de peso, Terapia de Risco possui um dos diretores mais intrigantes da atualidade. Talvez esses dois fatores tenham aumentado (até demais) as expectativas de todos sob o resultado final.

Terapia de Risco é um suspense interessante, com atuações brilhantes e convincentes. O roteiro tem algumas falhas de execução do meio para o final, deixando o telespectador um pouco confuso devido ás inúmeras reviravoltas. Mesmo assim é um complexo drama sobre abuso de drogas controladas, depressão e poder das indústrias farmacêuticas.

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Sinopse e detalhes

A trama gira em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido (Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco. Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento psicológico, lidando com profissionais (Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.

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Já foi ouvido na rádio peão hollywoodiana que Terapia de Risco foi o último trabalho de Steven Soderbergh. Uma pena, pois apesar do filme ser muito bom, não chega aos pés de Traffic e Erin Brockovich. 

O longa começa homenageando o clássico Psicose com uma tomada aérea de Nova York até encontrar um apartamento com uma trilha de sangue. É um suspense noir, onde o inimigo da vez é a loucura e o vazio dos dias atuais. Até onde iremos quimicamente para encontrar a famosa felicidade? Mas o filme não fica apenas no cenário existencial do abuso de drogas lícitas, passando a ser um suspense policial do meio para o final.

Terapia de Risco começa contando uma história, e depois muda subitamente para contar outra história totalmente diferente. O problema é que a primeira história é muito mais interessante, enquanto a segunda torna-se nada convincente a cada cena que passa. Mesmo assim, o suspense é interessante e prende a atenção do (confuso) telespectador até o final. Vale uma pipoca? Sim, média com um pouquinho de manteiga light.

Um beijo,

Júlia

Tese Sobre um Homicídio (Argentina/2013): O Novo Suspense com Ricardo Darín

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Olá pessoal,

Boa noite.

Lendo as críticas do filme Tese Sobre um Homicídio a curiosidade foi tanta que não resisti esperar e fui ao cinema conferir. Segundo as opiniões de especialistas, todos os ingredientes citados nas resenhas me agradavam: suspense, com final imprevisível e com a participação do belíssimo Ricardo Darín. Impossível perder essa oportunidade, não é mesmo?

Tesis sobre un homicídio, titulo original e dirigido por Hernán Goldfrid é um  inteligente suspense e faz com que o espectador suspeite de todos as personagens como autor do assassinato.

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Li uma respeitada crítica de Janot (telecine Cult) sobre Ricardo Darín: “Brasileiros frequentadores dos Estações e Arteplexes são fascinados por Darín. Vocês imaginam os argentinos comentando ansiosamente “oba, estreou mais um filme com o Selton Mello”? Ou com o Wagner Moura? Nem eu. Não que Selton e Wagner sejam piores que o Darín. Mas os filmes estrelados pelo Darín – quase todos – conseguem atravessar fronteiras, ao passo que os brasileiros, salvo raríssimas exceções, parecem feitos exclusivamente pro mercado interno.”

Darín faz jus á essas fronteiras atravessadas – todos os seus trabalhos são espetaculares. Ele está sensacional no papel de professor conquistador e convence muito bem como advogado criminalista. Sinceramente, acho que sem ele esse longa seria um filme bem mediano.

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Sinopse:

Roberto Bermudez (Ricardo Darín) é um especialista em Direito Criminal que ministra um curso bastante reconhecido. Uma nova turma está prestes a iniciar as aulas e entre os alunos está Gonzalo (Alberto Ammann), filho de um velho conhecido do professor. Gonzalo trata Roberto como um verdadeiro ídolo, o que incomoda o mestre. Já com as aulas em pleno andamento, um brutal assassinato ocorre perto da universidade. Roberto logo demonstra interesse no caso e, ao investigar os detalhes, passa a crer que Gonzalo seja o autor do crime e esteja desafiando-o a um jogo de inteligência.

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Já antecipo uma importante dica para que não fique desapontado com essa crítica e também com o filme: não espere por finais óbvios, mastigados e tão imprevisível que chega a ser previsível – como todo tradicional suspense hollywoodiano. O interessante aqui está na dúvida e não na resposta.

Tese Sobre um Homicídio é aquele filme para refletir, lembrar e relembrar dos fatos, assistir novamente e debater com seus amigos em uma boa mesa de bar. Afinal, tudo está nos detalhes. Vale uma pipoca? Sim, média com bastante manteiga.

Um bom filme,

Júlia.